O setor de varejo e e-commerce passou nos últimos anos por um crescimento exponencial, impulsionado principalmente pelas mudanças no comportamento do consumidor e pelos avanços tecnológicos.

No entanto, esse crescimento também chama a atenção de criminosos cibernéticos, que enxergam nessas empresas um alvo lucrativo e vulnerável.

Neste artigo, abordaremos os principais motivos pelos quais o varejo e e-commerce são alvos de ataques digitais, os impactos do cibercrime e as ações que essas empresas podem tomar para reduzir os riscos.

Por que empresas de varejo e e-commerce são alvos dos cibercriminosos?

Empresas de varejo e e-commerce estão entre os principais alvos de criminosos cibernéticos devido a diversos fatores.

Grande volume de transações financeiras e dados sensíveis

O setor de varejo físico e online processa um enorme volume de transações financeiras diariamente, envolvendo informações de cartão de crédito, dados bancários e outros detalhes pessoais dos consumidores.

Além disso, essas empresas armazenam informações valiosas sobre seus clientes, como históricos de compras, preferências e dados de contato.
Essa vasta quantidade de informações sensíveis torna o setor um alvo lucrativo para criminosos interessados em roubo de identidade, fraudes financeiras e venda de dados no mercado do cibercrime.

Infraestrutura tecnológica complexa

Varejo e e-commerce estão em constante evolução, e a crescente digitalização dos negócios exige a implementação de sistemas e tecnologias complexas.

Essas empresas adotam uma variedade de sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM), plataformas de comércio eletrônico, sistemas de pagamento e ferramentas de marketing digital para atender às demandas do mercado.

Essa infraestrutura tecnológica complexa pode apresentar vulnerabilidades e brechas de segurança que podem ser exploradas pelos cibercriminosos.

A falta de padronização e a interoperabilidade entre diferentes sistemas e soluções tecnológicas também podem criar pontos fracos na segurança da informação.

Como resultado, a complexidade da infraestrutura tecnológica das empresas de varejo e e-commerce torna-as mais suscetíveis a ataques cibernéticos.

Expansão global e cadeias de fornecimento

A expansão global das empresas de comércio físico e digital tem proporcionado oportunidades de crescimento e aumento de receita, mas também acarreta desafios adicionais em termos de segurança cibernética.

Essas empresas costumam lidar com cadeias de fornecimento complexas, envolvendo diversos parceiros e fornecedores em diferentes regiões do mundo.

A comunicação e a troca de informações entre esses parceiros podem criar pontos de vulnerabilidade que os cibercriminosos podem explorar.

De fato, a expansão para novos mercados pode exigir a conformidade com regulamentações e leis locais de proteção de dados e privacidade, tornando a gestão de segurança da informação ainda mais complexa.

Na prática, os criminosos cibernéticos podem se aproveitar dessas complexidades e buscar alvos nas cadeias de fornecimento menos protegidas, aumentando o risco para as empresas de varejo e e-commerce.

Consequências diretas do cibercrime

Como consequência desses ataques, o cibercrime pode causar pelo menos 3 principais impactos significativos para empresas desses segmentos:

1. Perda financeira: ataques cibernéticos podem resultar em roubo de informações financeiras, fraude e perda de receita devido à interrupção das operações.

2. Danos à reputação e à confiança do cliente: a exposição de dados pessoais e financeiros dos consumidores pode afetar negativamente a imagem da empresa e a confiança do consumidor, levando a uma diminuição das vendas e da fidelização de clientes.

3. Custos de recuperação e conformidade: a recuperação de um ataque cibernético pode ser cara e demorada, envolvendo investigação, correção de vulnerabilidades e investimento em novas tecnologias de segurança.

Quando ocorre uma violação de dados, as empresas enfrentam não apenas a perda financeira direta resultante do roubo de informações, mas também a perda indireta de receita devido à diminuição das vendas e da fidelização de clientes.

A recuperação da reputação e da confiança do cliente pode levar tempo e exigir esforços consideráveis em termos de comunicação e investimento em medidas de segurança mais robustas.

Além disso, as empresas podem enfrentar processos legais e multas relacionadas à violação de leis de proteção de dados e privacidade, o que pode agravar ainda mais os impactos financeiros e de reputação.

Dos ataques cibernéticos à prevenção do varejo e e-commerce

O phishing é uma técnica de engenharia social utilizada por cibercriminosos para obter informações confidenciais, como senhas e informações de cartão de crédito, fazendo-se passar por uma entidade confiável.

Geralmente, ocorre por meio de e-mails fraudulentos, mensagens de texto ou sites falsos. No caso do comércio eletrônico, os criminosos podem criar sites falsos que imitam lojas online populares para enganar os clientes e roubar seus dados.

Em 2021, de acordo com relatório publicado pela Apura Cyber Intelligence, o ataque de phishing cresceu cerca de 295%, muitas vezes através de falsos sites e anúncios de produtos vendidos na internet.

Esse crescimento alarmante torna o phishing uma ameaça significativa para o setor de varejo e e-commerce.

Já a engenharia social é um conjunto de técnicas usadas por cibercriminosos para manipular pessoas a fim de obter informações confidenciais ou acesso a sistemas e redes. Esses ataques podem assumir várias formas, como:

● Phishing: já mencionado, é o uso de e-mails, mensagens de texto ou sites falsos para obter informações confidenciais.
● Pretexting: neste tipo de ataque, o golpista finge ser um colega, a polícia, o banco, autoridades fiscais, clero, especialistas de companhias de seguro, entre outros, para obter dados pessoais ou corporativos. O criminoso cria uma história falsa ou pretexto para justificar a necessidade das informações.

No estudo “2022 Data Breach Investigation”, lançado pela Verizon, os ataques de engenharia social, como Phishing (53%) e Pretexting (47%), foram as principais táticas utilizadas pelos cibercriminosos no ano passado.

As empresas de comércio eletrônico e físico devem estar cientes desses ataques e outras estratégias usadas pelos cibercriminosos e tomar medidas para proteger seus negócios e clientes.

Investir em treinamento de funcionários, tecnologias de segurança avançadas e monitoramento contínuo pode ajudar a mitigar os riscos associados a essas ameaças cibernéticas.

Ações das empresas para reduzir os riscos

Para enfrentar esse cenário, as empresas de varejo e e-commerce estão adotando diversas medidas para reduzir o risco de ataques digitais, como:

● Investimento em tecnologias de segurança avançadas: a implementação de soluções de proteção, como firewalls, sistemas de detecção e prevenção de intrusões e criptografia de dados, é fundamental para proteger informações sensíveis e evitar brechas de segurança.

● Capacitação e conscientização dos colaboradores: a educação dos funcionários sobre os riscos do cibercrime e a adoção de boas práticas de segurança é crucial para prevenir ataques de engenharia social e garantir a proteção das informações corporativas e dos clientes.

● Monitoramento e resposta a incidentes: um sistema eficiente de monitoramento e resposta a incidentes permite identificar rapidamente ameaças e tomar medidas imediatas para minimizar os impactos de um ataque cibernético.

● Parcerias com especialistas em segurança da informação: trabalhar com empresas especializadas em proteção cibernética pode ajudar a identificar e corrigir vulnerabilidades, além de fornecer suporte na implementação de políticas e processos de segurança eficazes.

Ao adotar medidas preventivas e proativas, essas empresas podem minimizar os riscos e garantir a continuidade dos negócios e a proteção das informações dos clientes.

Se sua empresa de varejo ou e-commerce está preocupada com a segurança cibernética e deseja saber mais sobre como se proteger, entre em contato com a Axians.

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